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Prisão por maus-tratos contra animais poderá chegar a quatro anos

Punição por maus-tratos ou violência contra animais está sendo aumentada pelo Congresso Nacional e poderá chegar a quatro anos com multa e penalidade também para estabelecimentos comerciais que pratiquem o crime.

No Brasil, os defensores dos animais têm encontrado mais instrumentos para agir.

Uma denúncia é recebida e a equipe com policiais e veterinários se mobiliza. A informação é de um cão machucado e sem cuidados. Minutos depois, a equipe chega. Só crianças estão na casa da periferia de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Não é fácil chegar ao animal. Há dois meses, Marlon pulou da laje e quebrou as duas patas traseiras. A família não teve condições de pagar tratamento, é o que um dos meninos conta à veterinária.

“Uma situação de maus tratos, porque esse animal ele está passando por um sofrimento que poderia ser sanado por um atendimento veterinário”, afirma a veterinária Patrícia Canossa Gagliardi.

As dores impedem Marlon de caminhar. Ele também está desnutrido, por isso vai ser levado embora. O alívio já começa com o atendimento na ambulância.

“Já fazendo a aplicação do anti-inflamatório e analgésico para a situação que esse animal está passando de dor”, explica Patrícia.

Esse foi apenas um dos cerca de 12 casos atendidos por dia, no estado de São Paulo, desde que foi criado, há pouco mais de dois meses, um telefone só para receber denúncias e dar orientações sobre maus-tratos contra animais, um crime cada vez mais condenado pela sociedade.

Denúncias desse tipo também podem ser feitas pelo número 190, em delegacias e serviços de proteção do país. Em São Paulo, há quatro anos uma delegacia especializada recebe denúncias também pela internet.

“Os casos mais comuns são de animais confinados em ambientes inadequados, muito pequeno, sem ventilação ou extremamente sujo, sem nenhuma condição de higiene. Animal acorrentado também é muito comum, privado de alimento, privado de água. E também, é o que mais acontece, o animal que sofre agressões constantes. É falta de consciência, é falta de educação e é falta de amor”, afirma a tenente-coronel Daniella Breches, coordenadora do programa.

A punição está sendo aumentada pelo Congresso Nacional. A prisão por maus tratos poderá chegar a quatro anos com multa e penalidade também para estabelecimentos comerciais que pratiquem o crime.

O Marlon, que mostramos no início da reportagem, foi levado para uma clínica de Mairinque, no interior de São Paulo, que tem convênio com o governo do estado.

Vai ser cuidado como acontece com todos os animais recolhidos por maus-tratos ou violência. Os registros, que mostram como estavam antes, mostram que a educação para a posse responsável dos bichinhos ainda é um desafio.

Como eles ficam depois? Prontos para a adoção e para receber o que têm de sobra para dar.

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